segunda-feira, outubro 29, 2007

Então, é Halloween?


Dream019 - Seerof Shadows

Mark Tucker

sábado, outubro 27, 2007

No Azerbaijão…

«No Azerbeijão, há cada vez mais crianças enfezadas e recrutas que pesam 40 quilos. É devido à má nutrição, mas também ao desejo das mulheres grávidas de manter a linha». Para diminuir o nível de pobreza no país, o parlamento esta a preparar uma série de leis sobre a juventude e o desporto, a saúde das mulheres grávidas e a acústica. Os deputados esperam que a redução da espessura das paredes nas casas permita combater a violência doméstica.

Hady Radjabli, deputado azerbaijanês in “Courrier Internacional” de 26/10/2007


Atribuir a culpa do nascimento de crianças subnutridas ao desejo das grávidas de manter a linha, muito interessante esta argumentação... A mulher azerbaijanesa é uma “fashion victim”, quem diria? Porquê falar de pobreza e fome, quando as mulheres (essas vaidosas…) só se preocupam com o corpinho?


Mas sejamos justos, pelo menos os deputados preocupam-se com a questão da violência doméstica. A redução da espessura das paredes é das medidas mais eficazes no combate à violência doméstica? Não percebi… Assim os vizinhos ouvem os gritos das mulheres e chamam a polícia ou vão ajudar? Espero que no Azerbaijão não tenham um ditado como o nosso “entre marido e mulher, não metas a colher…”


quinta-feira, outubro 25, 2007

Incêndios e alterações climáticas

«Os catastróficos incêndios que há quatro dias devastam o Sul da Califórnia correspondem ao que já vinha a ser previsto pelos climatologistas. "É exactamente o que tínhamos dito que iria acontecer, tanto em previsões de curto prazo para este ano quanto em relação aos padrões de longo prazo que podem ser ligados às alterações globais de clima", disse o bioclimatologista Ronald Neilson, professor da Universidade do Estado de Oregon, EUA.

Os fogos na Califórnia já destruíram 1500 casas e forçaram a evacuação de meio milhão de pessoas, a maior evacuação da história do estado.


(...) Para Neilson, partes dos Estados Unidos podem vir a sofrer períodos de maior precipitação, seguidos de outros mais secos do que o normal: "À medida em que o planeta aquece, mais água se evapora dos oceanos e essa água tem cair nalgum lugar como precipitação", disse. "Isso pode levar, em certas alturas, a um maior crescimento da vegetação... Mas o aquecimento global e outras forças climáticas também vão criar secas periódicas. Se aparece uma fonte de ignição durante estes períodos, os incêndios podem tornar-se explosivos".

Para Neilson, "No futuro, incêndios catastróficos como o actual na Califórnia podem simplesmente ser uma parte normal da paisagem."


Em estudos realizados há cinco anos, Neilson e outros investigadores da Universidade do Estado do Oregon previram que o Oeste americano poderia tornar-se ao mesmo tempo mais húmido e mais seco no próximo século, condições que iriam levar a incêndios muito maiores do que jamais foram vistos na história recente.»


In "Esquerda Net"


Pois é, parece que não cumprir o Protocolo de Quioto e ignorar o problema das alterações climáticas, não foi lá muito boa ideia...

segunda-feira, outubro 22, 2007

"The american dream"?


Cartoon de Daryl Cagle

In Today's Best Cartoons

sábado, outubro 20, 2007

"O terrorista, ele observa"

A bomba vai explodir no bar às treze e vinte.
Agora são apenas treze e dezasseis.
Alguns ainda vão a tempo de entrar,
outros de sair.


O terrorista passou para o outro lado da rua.
A esta distância fica a salvo de todo o mal
e vê tudo como no cinema:


Uma mulher de casaco amarelo - ela entra.
Um homem de óculos escuros - ele sai.
Rapazes de jeans - eles trocam impressões


Treze horas, dezassete minutos e quatro segundos.
O mais baixo - ele tem sorte, monta na scooter,
mas o mais alto - ele entra.


Treze horas, dezassete minutos e quarenta segundos.
Passa uma rapariga de fita verde no cabelo.
De repente, desaparece atrás do autocarro.


Treze e dezoito.
A rapariga já não se vê.
Terá sido estúpida ao ponto entrar?
Saberemos quando retirarem os corpos.



Treze e dezanove.
Ninguém parece querer entrar.
Em contrapartida sai um careca gordo.
Remexe nos bolsos como se procurasse algo
e quando faltam dez segundos para as treze e vinte


ele volta por umas reles luvas que esqueceu.


São treze e vinte.
O tempo, como ele demora


Está na hora.
Ainda não.
Sim, já está.
A bomba - ela explode.


Poema de WISLAWA SZYMBORSKA

In “Alguns gostam de poesia: antologia” p.175-176.


terça-feira, outubro 16, 2007

Quanto custa um défice de 3%


Deve ter sido a primeira vez que não me ri dos Gato Fedorento. Não porque não tenham sido certeiros e geniais, mais uma vez… mas porque isto é demasiado trágico e verdadeiro para dar vontade de rir. Demasiadas vidas foram afectadas, demasiados direitos foram pisados para que a meta do défice de 3% fosse atingida. Esse bem maior, qual éden, qual nirvana… suponho que agora vamos todos viver felizes para sempre e não nos vão exigir mais sacrifícios. Vamos deixar de viver no país dos dois milhões de pobres, em que um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês. O país dos «novos pobres», pessoas com emprego, mas cujo salário não chega para as necessidades já não será o nosso.


Atingidos os 3%, este será o país onde qualquer dono de um banco pode perdoar 12 milhões de euros em dívidas ao próprio filho. Mas isto já acontece… querem ver que enquanto a maioria dos portugueses se sacrificava, outros já estavam no éden? Nada disso é importante, atingimos a meta dos 3% de défice!! O Éden agora será para todos e vamos viver no melhor dos mundos...


domingo, outubro 14, 2007

Pena de morte em caso de "revolta"?

«O eurodeputado Miguel Portas, discursando ontem no Parlamento Europeu, denunciou que o texto do futuro Tratado da União Europeia admite a entrada da pena de morte "pela porta do cavalo", já que o futuro Presidium da Convenção Europeia pode admitir excepções que Miguel Portas considera inaceitáveis. Por exemplo, os Estados podem restabelecer a pena de morte em caso de "perigo iminente de guerra", ou em caso de "revolta". Recordando o caso do imigrante brasileiro Jean Charles Meneses, assassinado em 2005, em pleno metro de Londres, Miguel Portas questiona se se tratou de lamentável equívoco ou de "algo a que o futuro Tratado acaba por dar legitimidade jurídica.»


Se já eram preocupantes os regimes de excepção à Carta Europeia dos Direitos Fundamentais, da Polónia e do Reino Unido, o tratado também prevê a reintrodução da pena de morte em caso de “perigo iminente de guerra” ou de “revolta”. Sabendo que cada Estado terá a sua definição do conceito de “revolta”, devemos de facto, ficar com mais um motivo para preocupação... Parece demasiado incrível para ser verdade, mas os artigos do Tratado que poderão justificar a pena de morte são citados aqui. Vale a pena ler com atenção.


quinta-feira, outubro 11, 2007

Evidente


Cartoon de Bill Leak

via "Notas ao Café"

quarta-feira, outubro 10, 2007

A Igreja e o amor à porrada

«(...) Havia vidas desgraçadas quando não existiam divórcios...
Havia e hoje também há. E agora até há mais. No tempo em que não havia divórcios, havia situações bastante dolorosas, mas a pessoa resignava-se. A mulher dizia: calhou-me este homem, não tenho outra possibilidade, vou fazer o que posso. Ao passo que hoje as pessoas querem safar-se de uma situação e caem noutras piores.


Na sua opinião, uma mulher que é agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?
Depende do grau de agressão.


0 que é isso do grau de agressão?
Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos.


Então reformulo a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?

Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tives­se um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não. Evidentemente que era um abuso, mas não era um abuso de gravidade suficiente para deixar um homem que a amava.»


Excerto da entrevista a Monsenhor Luciano Guerra, Reitor do Santuário de Fátima publicada na revista Notícias de Sábado do DN - via Womenage a trois.

A ICAR não veio ainda desmentir ou criticar este tipo de posição, por isso suponho que tais barbaridades sejam perfeitamente aceitáveis. Perante tais declarações, pergunto-me se as mulheres católicas vão ou não exigir uma mudança de mentalidades na instituição. Continuem a apoiar e a frequentar esta Igreja que vos ama, mas se levarem porrada não se queixem, ok?

terça-feira, outubro 09, 2007

Autismo e/ou tiques totalitários?

«A denúncia foi feita à TSF por um dos dirigentes do sindicato dos professores do centro. Luís Lobo não tem dúvidas de que esta foi uma visita com o objectivo de intimidar o sindicato.


”Não temos dúvidas porque nos foi dito, que sabiam que iríamos estar amanhã numa iniciativa e queriam chamar a atenção para que alguns comportamentos não fossem utilizados, que não podíamos ter escritos, que tivéssemos cuidado, que mantivéssemos a distância”, explica.»


Em Portugal, a polícia já efectua visitas intimidatórias a sindicatos, em véspera de manifestação. É muito triste que tal aconteça num país dito democrático. Assim vou ter que reformular o que disse no post anterior, o problema já não é só o autismo, o encontrar bodes expiatórios, o assobiar para o lado… A falta de cultura democrática começa a ser gritante, para além da incapacidade de conviver com a crítica. Será que o governo pensa, que por evitar apupos e manifestações, pondo em causa direitos fundamentais dos cidadãos, o mal-estar social desaparece? Varrer o descontentamento social para baixo do tapete é só hipocrisia e tiques totalitários, ou estará o Primeiro-Ministro mesmo convencido que esta estratégia resulta?

domingo, outubro 07, 2007

Dejá Vu

«Sócrates acusa PCP de promover insulto

Manifestação de sindicalistas numa visita do primeiro-ministro a Montemor-o-Velho


José Sócrates adquiriu o hábito repetitivo e enfadonho de associar qualquer manifestação de descontentamento social ao PCP. Esta insistência em fingir que não existe um mal-estar social generalizado em Portugal, ou é autismo ou insulto. Assim se evitam explicações e justificações de sucessivas medidas políticas socialmente injustas. Pelo menos, fomos poupados ao argumento «por razões óbvias», também popular junto do governo socialista. Mas que importância têm as minhas críticas? Seguindo a lógica, eu devo estar a escrever este post porque sou do PCP…

sábado, outubro 06, 2007

Nicarágua: mulheres em risco


O novo relatório, Over Their Dead Bodies (Por cima de seus cadáveres), documenta como essa proibição tem feito com que mulheres tenham medo de procurar até mesmo serviços legais de saúde. Temendo acusação através da nova lei, médicos não se mostram dispostos a providenciar o cuidado necessário. O relatório é baseado em entrevistas com funcionários, médicos dos sistemas de saúde privado e público, mulheres precisando de serviços médicos e familiares de mulheres que morreram como resultado da proibição.


“Agora, médicos na Nicarágua têm medo de oferecer até mesmo serviços de saúde legais a mulheres grávidas”, disse Angela Heimburger, pesquisadora para as Américas da divisão de Direitos da mulher da Human Rights Watch. “Alguns testemunhos indicavam que funcionários de hospitais públicos se recusaram a prestar cuidados adequados a mulheres e meninas após elas terem sofrido abortos espontâneos devastadores, fazendo referência directa à proibição.”»


Até à publicação desta nova lei, o código penal da Nicarágua permitia o aborto caso a vida da mulher estivesse em risco. Agora o aborto com fim terapêutico foi banido. Instala-se o medo de recorrer aos hospitais para tratamento e de fornecer cuidados médicos a grávidas, ainda que legais. Verificam-se casos em que hospitais públicos, intimidados pelas consequências da nova lei, se recusam à prestação de cuidados de saúde em caso de aborto espontâneo ou de complicações originadas por abortos ilegais.

A vida das mulheres corre um sério risco, mais uma vez o desrespeito dos direitos humanos consagrados internacionalmente é premiado com a impunidade.


Legenda das imagens: Pintura de Paula Rego


sexta-feira, outubro 05, 2007

Vozes que não se ouvem


Cartoon de Christo Komarnitski

In: Today's best cartoons

terça-feira, outubro 02, 2007

Grilhões

Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe, numa eminência, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascendente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro, no género dos tapumes que os homens dos "robertos" colocam diante do público, para mostrarem as suas habilidades por cima deles.


– Estou a ver – disse ele.

– Visiona também ao longo deste muro, homens que transportam toda a espécie de objectos, que o ultrapassam: estatuetas de homens e de animais, de pedra e de madeira, de toda a espécie de lavor; como é natural, dos que os transportam, uns falam, outros seguem calados.

– Estranho quadro e estranhos prisioneiros são esses de que tu falas – observou ele.

– Semelhantes a nós – continuei -. Em primeiro lugar, pensas que, nestas condições, eles tenham visto, de si mesmo e dos outros, algo mais que as sombras projectadas pelo fogo na parede oposta da caverna?

– Como não – respondeu ele –, se são forçados a manter a cabeça imóvel toda a vida?

– E os objectos transportados? Não se passa o mesmo com eles ?

– Sem dúvida.

– Então, se eles fossem capazes de conversar uns com os outros, não te parece que eles julgariam estar a nomear objectos reais, quando designavam o que viam?


– É forçoso.

– E se a prisão tivesse também um eco na parede do fundo? Quando algum dos transeuntes falasse, não te parece que eles não julgariam outra coisa, senão que era a voz da sombra que passava?

– Por Zeus, que sim!

– De qualquer modo – afirmei – pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos objectos.

– É absolutamente forçoso – disse ele.


– Considera pois – continuei – o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objectos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objectos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objectos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldades e suporia que os objectos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam?

– Muito mais – afirmou.

– Portanto, se alguém o forçasse a olhar para a própria luz, doer-lhe-iam os olhos e voltar-se-ia, para buscar refúgio junto dos objectos para os quais podia olhar, e julgaria ainda que estes eram na verdade mais nítidos do que os que lhe mostravam?

– Seria assim – disse ele.


– E se o arrancassem dali à força e o fizessem subir o caminho rude e íngreme, e não o deixassem fugir antes de o arrastarem até à luz do Sol, não seria natural que ele se doesse e agastasse, por ser assim arrastado, e, depois de chegar à luz, com os olhos deslumbrados, nem sequer pudesse ver nada daquilo que agora dizemos serem os verdadeiros objectos?

– Não poderia, de facto, pelo menos de repente.

– Precisava de se habituar, julgo eu, se quisesse ver o mundo superior. Em primeiro lugar, olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objectos, reflectidas na água, e, por último, para os próprios objectos. A partir de então, seria capaz de contemplar o que há no céu, e o próprio céu, durante a noite, olhando para a luz das estrelas e da Lua, mais facilmente do que se fosse o Sol e o seu brilho de dia.

– Pois não!

– Finalmente, julgo eu, seria capaz de olhar para o Sol e de o contemplar, não já a sua imagem na água ou em qualquer sítio, mas a ele mesmo, no seu lugar.

– Necessariamente.


– Depois já compreenderia, acerca do Sol, que é ele que causa as estações e os anos e que tudo dirige no mundo visível, e que é o responsável por tudo aquilo de que eles viam um arremedo.

– É evidente que depois chegaria a essas conclusões.

– E então? Quando ele se lembrasse da sua primitiva habitação, e do saber que lá possuía, dos seus companheiros de prisão desse tempo, não crês que ele se regozijaria com a mudança e deploraria os outros?

– Com certeza.

– E as honras e elogios, se alguns tinham então entre si, ou prémios para o que distinguisse com mais agudeza os objectos que passavam e se lembrasse melhor quais os que costumavam passar em primeiro lugar e quais em último, ou os que seguiam juntos, e àquele que dentre eles fosse mais hábil em predizer o que ia acontecer – parece-te que ele teria saudades ou inveja das honrarias e poder que havia entre eles, ou que experimentaria os mesmos sentimentos que em Homero, e seria seu intenso desejo "servir junto de um homem pobre, como servo da gleba", e antes sofrer tudo do que regressar àquelas ilusões e viver daquele modo?

– Suponho que seria assim – respondeu – que ele sofreria tudo, de preferência a viver daquela maneira.

– Imagina ainda o seguinte – prossegui eu -. Se um homem nessas condições descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol?

– Com certeza.

– E se lhe fosse necessário julgar daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros, no período em que ainda estava ofuscado, antes de adaptar a vista – e o tempo de se habituar não seria pouco – acaso não causaria o riso, e não diriam dele que, por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e que não valia a pena tentar a ascensão ? E a quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam ?

– Matariam, sem dúvida – confirmou ele.


Platão, Alegoria da Caverna, República, Livro VII, 514a-517c