domingo, agosto 31, 2008

"An open letter to God" by Michael Moore


Dear God,

The other night, the Rev. James Dobson's ministry asked all believers to pray for a storm on Thursday night so that the Obama acceptance speech outdoors in Denver would have to be cancelled.


I see that You have answered Rev. Dobson's prayers -- except the storm You have sent to earth is not over Denver, but on its way to New Orleans! In fact, You have scheduled it to hit Louisiana at exactly the moment that George W. Bush is to deliver his speech at the Republican National Convention.


Now, heavenly Father, we all know You have a great sense of humor and impeccable timing. To send a hurricane on the third anniversary of the Katrina disaster AND right at the beginning of the Republican Convention was, at first blush, a stroke of divine irony. I don't blame You, I know You're angry that the Republicans tried to blame YOU for Katrina by calling it an "Act of God" -- when the truth was that the hurricane itself caused few casualties in New Orleans. Over a thousand people died because of the mistakes and neglect caused by humans, not You.


(...) But now it appears that You haven't been having just a little fun with Bush & Co. It appears that Hurricane Gustav is truly heading to New Orleans and the Gulf coast. We hear You, O Lord, loud and clear, just as we did when Rev. Falwell said You made 9/11 happen because of all those gays and abortions. We beseech You, O Merciful One, not to punish us again as Pat Robertson said You did by giving us Katrina because of America's "wholesale slaughter of unborn children." His sentiments were echoed by other Republicans in 2005.


So this is my plea to you: Don't do this to Louisiana again. The Republicans got your message.

(...) So please God, let the storm die out at sea. It's done enough damage already. If you do this one favor for me, I promise not to invoke your name again. I'll leave that to the followers of Rev. Dobson and to those gathering this week in St. Paul.


Your faithful servant and former seminarian,


Michael Moore


Nota: Este excerto foi retirado da Newsletter de Michael Moore, se alguém quiser assinar a mailing list, pode fazê-lo aqui.

sexta-feira, agosto 29, 2008

Da onda mediática à paranóia

É só de mim ou esta onda mediática em torno da criminalidade, já se tornou paranóia? O Moita Flores já não sai do estúdio da SIC, vem o Sr. Presidente dizer que é uma coisa muito séria e a Polícia monta uma operação de propaganda com direito a helicópteros com holofotes e tudo. Com tanto mediatismo, os ladrões até regressam de férias mais cedo e vão cometer um crimezinho, que apareça logo no telejornal…Até o José Magalhães vem para a SIC Notícias dizer que o governo deve sobrepor-se aos tribunais para manter a ordem, o que eu acho o máximo vindo do deputado, que nos governos PSD era o paladino das liberdades e garantias dos cidadãos. Como se não bastasse, até o novo partido MMS, vem dizer que se encare o uso de armas pela polícia, sem tabus. E com isto tudo, lá vêm as declarações do cidadão comum que queria era ter uma arma nas mãos, pois claro…


No meio da paranóia passa despercebida a nova lei da Segurança Interna, que permite ao Secretário-Geral da Segurança Interna, conhecer detalhes de investigação criminal e da vida privada dos cidadãos. Está em causa a separação dos poderes político e judicial, mas se isso prejudica a democracia e as liberdades cívicas já é um facto secundário. Promulgado foi também o diploma do chip electrónico automóvel. Para cúmulo vamos ser obrigados a colocar chips nos nossos carros, pagos do nosso bolso para sermos mais controladinhos ainda. O que segue legalização do porte de armas, chips implantados nos nossos bracinhos? Não nos chega a recessão e a crise social como motivo de preocupação?


Não posso deixar de associar tudo isto, ao que parece ser o novo “modus operandi” dos governos democráticos na usurpação de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Primeiro alarma-se a população através dos média, instala-se o medo e a insegurança e depois em nome do combate à criminalidade e da segurança, ataca-se o direito à privacidade e por aí fora… Os EUA e o Reino Unido fizeram-no a pretexto da ameaça terrorista, não justifica, mas é um pretexto mais ou menos válido. Agora nós? Em Portugal? Não sofremos atentados terroristas, somos o país com a menor taxa de criminalidade da Europa. Não há justificação, só o ridículo mesmo…


Adenda ao post: Sobre este tema vale a pena ler aqui, a análise genial do Baptista-Bastos.


terça-feira, agosto 26, 2008

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.



De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill


domingo, agosto 24, 2008

A lenta retirada russa

Cartoon de John Sherffius

sábado, agosto 23, 2008

Update pós-férias


Regresso de férias e digo para mim, então vamos lá ver como isto está…

Não é que há uma onda de criminalidade do país e eu não me dei conta? A ver pelos telejornais, estou a aguardar que a qualquer momento o Socrátes declare o estado de sítio e o recolher obrigatório, antes mesmo que Paulo Portas, à la Berlusconi, exija o patrulhamento das cidades pelo exército. Das causas do aumento da criminalidade não se fala, recordar aos portugueses a grave crise económica e social do país em que vivem, isso sim seria inconveniente.


Para além da criminalidade, está muito em voga bater nos atletas olímpicos, os preguiçosos que foram à China passear. Realmente não há limites para a ignorância e a mesquinhez da mentalidade portuguesa. Então um país que investe zero em desporto escolar e outras modalidades que não o futebol, espera que meia-dúzia de alminhas esforçadas tragam medalhas? Condenam-se pessoas que no seu tempo livre, do seu bolso, sabe-se lá em que condições, empenharam-se ao ponto de conseguirem os mínimos olímpicos?

É mau demais, vindo de pessoas que nem sequer assistem ou apoiam outra modalidade que não o futebol. Eu por mim, fico estou muito orgulhosa de todo o trabalho destes atletas e sinto-me obrigada a pedir desculpa por este tipo de críticas.


A tragédia do voo da Spainair e em menor escala o acidente na linha da Tua, só me levam a perguntar se tudo isto não se evitaria, se a redução de custos económicos não fosse mais importante que a segurança dos cidadãos. Agora vamos esperar por resultados de comissões de inquérito, cujo resultado provavelmente não vamos chegar a conhecer…


Reparo que a situação no Cáucaso já passou para ultimo plano. O drama dos refugiados já não é notícia. A Rússia não saí da Geórgia e não há instituição ou entidade internacional que a obrigue a desmobilizar. Basicamente os inocentes cidadãos estão reféns dos caprichos imperialistas ou militaristas de detentores de poder, que os têm como marionetas e não como seres humanos. E obviamente, não há Nações Unidas ou qualquer outra instituição que proteja os seus direitos.


Fim de revista… Lá se vai a tranquilidade das férias, não há atitude Zen que resista…

quinta-feira, agosto 21, 2008

Back...

E então, foi assim:



E acabou... Chuifff....

terça-feira, agosto 12, 2008

Time out


Uma semaninha de férias para descansar, espero que quando voltar a Guerra no Cacáuso tenha terminado... Caso contrário cá estaremos para desancar a Rússia de Putin e Medved, e os restantes senhores que jogam xadrez político com a vida das pessoas!
.
Até já!!

domingo, agosto 10, 2008

Não estamos em Maio, mas estamos em Agosto...



In "Contemporâneos"

sábado, agosto 09, 2008

E assim, começa mais uma guerra...

Enquanto estávamos todos distraídos com os sequestradores do BES e com a abertura dos jogos olímpicos, começa uma guerra. Uma guerra passada para ultimo plano pelas nossas televisões, como se um sequestro pudesse ser mais importante que a morte de 1600 inocentes só nas primeiras horas deste conflito.


Bem que gostava de escrever um post que explicasse a situação da Ossétia do Sul e o conflito entre a Geórgia e a Rússia, mas não tenho informação suficiente para o fazer. Os meus conhecimentos de geopolítica no Cáucaso são limitados. Mas uma coisa eu sei, o estatuto indefinido da Ossétia da Sul, entalada entre Geórgia e Rússia era um barril de pólvora à espera de explodir. Mais um conflito que as Nações Unidas não conseguiram evitar.

Outro facto evidente é que uma Rússia afrontada, dificilmente irá ceder seja no que for. A Geórgia conta com o apoio declarado dos EUA, mas até onde irá esse apoio não se sabe. O Presidente da Geórgia parece-me persistente, hiperactivo como é descrito num artigo no Nytimes, não me parece estar muito preocupado com os cidadãos do seu país. Com velhos ressentimentos dos tempos da guerra fria a despontar, sei o suficiente para temer o pior...

Como sempre, sofrem os inocentes que não têm para onde fugir...

quinta-feira, agosto 07, 2008

Viva um Estado militar e sem imigrantes

Nunca percebi bem, porque é que os italianos continuam a eleger Berlusconi como governante. Há coisas que pura e simplesmente nos escapam, como o segredo para a felicidade ou o sentido da vida. O senhor usa o poder para obter impunidade e não ser julgado pelos crimes de corrupção, que alegremente foi cometendo. E os italianos não parecem importar-se. A justiça não o incomoda, mas os ciganos e os imigrantes sim. Curiosamente a mafia também não o incomoda.

As minorias foram inventariadas e etiquetadas, centros de apoio aos imigrantes foram encerrados. Como se isso não fosse pouco, 3 mil militares estão nas ruas a vigiar não se sabe bem o quê e a inspirar segurança não se sabe muito bem a quem. Talvez a Itália tenha recebido alguma ameaça de guerra, que desconhecemos. Chegou-se ao ponto de proibir o ajuntamento de 3 ou mais pessoas na pacata cidade de Novara. Eu ia adorar não poder passear com os amigos ou a família, porque sei lá, poderiamos provocar um motim...

Talvez seja impressão minha ou há aqui direitos e garantias individuais dos cidadãos a serem espezinhados? Deve ser impressão minha, porque dos grandes líderes da comunidade internacional, ninguém se pronunciou. Mas não posso ser injusta, as agências de viagens italianas pronunciaram-se contra estas medidas, assustar os turistas é um bocado chato para quem vive das receitas do turismo...

terça-feira, agosto 05, 2008

Cartas a uma ditadura

«Uma centena de cartas, escritas por mulheres portuguesas, em 1958, foram encontradas por acaso num alfarrabista que não as leu por achar que eram cartas de amor. Respondem a uma circular enviada por um misterioso movimento de apoio à ditadura do qual não há referência nos livros de história. A circular a que respondiam nunca chegou a ser encontrada mas, pelas cartas que temos em mãos, percebe-se que era um convite para que as mulheres se mobilizassem em nome da paz, da ordem, e sobretudo em defesa do salvador da pátria: Salazar.

Em todas as cartas, estas mulheres falam da gratidão e da admiração que têm pelo ditador. Mas, como se a necessidade de falar fosse mais forte, por entre chavões e frases feitas, surgem por vezes o medo, a tristeza, o isolamento em que se vivia em Portugal nos anos 50. Uma costureira, muitas professoras primárias, donas de casa, algumas esposas de homens importantes do regime assinam as cartas.

Ao confrontar, hoje, estas mulheres com os fantasmas do passado, e graças a um material de arquivo inédito, Cartas a uma Ditadura é um mergulho perturbador no obscurantismo que dominou Portugal por mais de 50 anos.»





"Cartas a uma ditadura" - um filme de Inês de Medeiros


Vale a pena ver este documentário. Perceber o que se pensava na altura, perdura ainda hoje na cabeça destas mulheres. A moralidade atávica de uma senhora de bem que persuadiu a esposa de um dos empregados do seu marido, a voltar para casa, pois tinha abandonado o lar só porque o marido era alcóolico. Ainda hoje a senhora de bem, recorda com orgulho o que fez por essa família, porque a mulher tem de suportar tudo e não abandona o marido. Foi a Sintra de propósito buscar a esposa depravada. E com que orgulho e sentido de missão...


E essa coisa das democracias? Custou 100 mil contos a uma das senhoras de bem, que perdeu a sua indústria. E as desigualdades e as pessoas que morriam de fome? Não era bem assim... ajudavam-se essas pessoas nuns eventos de caridadezinha. As familias pobrezinhas em fila, as crianças... para receberem dois bolinhos e uma roupinha. E assim se vive ainda hoje de consciência tranquila!

domingo, agosto 03, 2008

Magalhães ou Classmate PC?

Temos sido bombardeados nos últimos dias, com uma enorme propaganda em torno do primeiro portátil português. O resultado do choque tecnológico, uma inovação totalmente tuga. Mais de 10 minutos do Jornal de sábado na RTP1 a falar de tal proeza... Só se esqueceram de nos informar que o Magalhães, mais não é que uma versão criada para o mercado português do Classmate PC, anunciado pela Intel há 4 meses atrás. Aliás este tipo de portátil, mais pequeno, resistente e barato já tinha sido lançado na Índia e na Inglaterra, com os nomes de MiLeap X e JumpPC. Também já existia há alguns anos, um projecto denominado “One Laptop per child” para dotar os países em desenvolvimento deste tipo de equipamento.


Não acho nada mal a ideia do portátil para crianças, mais barato e acessível. Não tentem é fazer dos portugueses idiotas, vendendo a ideia de choque tecnológico ou de inovação técnica portuguesa, quando a tecnologia não é nossa e o que existiu aqui mais não foi que uma parceria comercial. O mais irritante tique do governo Sócrates, a propaganda mediática, mais uma vez aqui em todo o seu esplendor... Enquanto isso os problemas fundamentais do país, não só não se resolvem, como se agravam...

sábado, agosto 02, 2008

Things you should know by now...

I'm so glad I've found this
I'm so glad I did
I'm so glad I've found this
I'm so glad I did

People are fragile things, you should know by now
Be careful what you put them through
People are fragile things, you should know by now
You'll speak when you're spoken to

It breaks when you don't force it
It breaks when you don't try
It breaks if you don't force it
It breaks if you don't try



Editors "Munich"

People are fragile things, you should know by now
Be careful what you put them through
People are fragile things, you should know by now

You'll speak when you're spoken to
With one hand you calm me
With one hand I'm still
With one hand you calm me
With one hand I'm still

People are fragile things, you should know by now
Be careful what you put them through
People are fragile things, you should know by now
You'll speak when you're spoken to

Ahhhhhhhhhhhh

You'll speak when you're spoken to
You'll speak when you're spoken to
He'll speak when he's spoken to
She'll speak when she's spoken to