«O sistema oprime, criando uma aparência de liberdade»
Excerto de uma entrevista a Zeca Afonso em 1984
É fantástica a actualidade destas palavras! A ouvir com atenção...
Some see things as they are and say "Why?" I dream things that never were and say "Why not?" George Bernard Shaw
Excerto de uma entrevista a Zeca Afonso em 1984
É fantástica a actualidade destas palavras! A ouvir com atenção...
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Descritores: Democracia, Direitos, Liberdade
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Descritores: Democracia, Direitos
 Aí estão elas! As medidas que vão salvar o país! Um esforço colectivo, um sacrifício dividido por todos a pensar na sobrevivência do Euro e da União Europeia. Um esforço que todos devem encarar com alegria, porque não lhes foi retirado o subsídio de Natal. Se calhar até devíamos agradecer a generosidade. O problema é que tudo isto é uma absoluta falsidade. Primeiro não se trata de um esforço colectivo, todos pagam o aumento do IVA, mas os mais pobres e desprotegidos não conseguirão fazer face a esse aumento. O aumento da retenção na fonte no IRS é na mesma percentagem, mas não é igual a necessidade dessa fatia que se corta, a quem ganha o salário mínimo ou a quem ganha 2000 euros. Se as pessoas se derem ao trabalho de fazer as contas, rapidamente vão concluir que estão a perder mais que um salário por ano. Mas a perda de um salário numa só vez, teria um impacto psicológico muito forte, assim as pessoas vão perdendo dinheiro mensalmente de forma menos perceptível. O objectivo é enganar as pessoas, de forma a evitar contestação social. É bom que os cidadãos pensem bem e percebam que estão a ser enganados e se indignem contra a sem vergonha escandalosa que é aumentar o IVA dos bens essenciais. Imaginem o que será para um reforma com 200 euros pagar a sua alimentação com estes aumentos!
Aí estão elas! As medidas que vão salvar o país! Um esforço colectivo, um sacrifício dividido por todos a pensar na sobrevivência do Euro e da União Europeia. Um esforço que todos devem encarar com alegria, porque não lhes foi retirado o subsídio de Natal. Se calhar até devíamos agradecer a generosidade. O problema é que tudo isto é uma absoluta falsidade. Primeiro não se trata de um esforço colectivo, todos pagam o aumento do IVA, mas os mais pobres e desprotegidos não conseguirão fazer face a esse aumento. O aumento da retenção na fonte no IRS é na mesma percentagem, mas não é igual a necessidade dessa fatia que se corta, a quem ganha o salário mínimo ou a quem ganha 2000 euros. Se as pessoas se derem ao trabalho de fazer as contas, rapidamente vão concluir que estão a perder mais que um salário por ano. Mas a perda de um salário numa só vez, teria um impacto psicológico muito forte, assim as pessoas vão perdendo dinheiro mensalmente de forma menos perceptível. O objectivo é enganar as pessoas, de forma a evitar contestação social. É bom que os cidadãos pensem bem e percebam que estão a ser enganados e se indignem contra a sem vergonha escandalosa que é aumentar o IVA dos bens essenciais. Imaginem o que será para um reforma com 200 euros pagar a sua alimentação com estes aumentos!
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Descritores: Desigualdade, Despesa pública, Direitos, Economia, Recessão
 O retrato do país nos últimos dias, entre fanatismo futebolístico e fanatismo religioso, revela a incapacidade de todo um povo pensar criticamente. A felicidade surge associada a símbolos, que nenhum efeito prático têm no seu bem-estar, nas suas condições de vida e de trabalho. No entanto, as pessoas são levadas a pensar que um evento que lhes é exterior, tem efectivamente alguma consequência nas suas vidas e sentem-se obrigadas a sentir alegria e a celebrar algo inconsequente. Não percebem que se tratam de manobras de diversão de massas, para que não se apercebam dos direitos que lhes estão a ser retirados e da difícil tarefa de sobrevivência económica que vão enfrentar nos próximos tempos. É uma jogada eficaz de anestesia colectiva, para evitar manifestações de descontentamento ou revolta.
O retrato do país nos últimos dias, entre fanatismo futebolístico e fanatismo religioso, revela a incapacidade de todo um povo pensar criticamente. A felicidade surge associada a símbolos, que nenhum efeito prático têm no seu bem-estar, nas suas condições de vida e de trabalho. No entanto, as pessoas são levadas a pensar que um evento que lhes é exterior, tem efectivamente alguma consequência nas suas vidas e sentem-se obrigadas a sentir alegria e a celebrar algo inconsequente. Não percebem que se tratam de manobras de diversão de massas, para que não se apercebam dos direitos que lhes estão a ser retirados e da difícil tarefa de sobrevivência económica que vão enfrentar nos próximos tempos. É uma jogada eficaz de anestesia colectiva, para evitar manifestações de descontentamento ou revolta. Parece que estamos tão mal quanto a Grécia. Tal como eu esperava, as agências de rating não se deram por satisfeitas com o PEC e continuam a avaliar negativamente a economia portuguesa. Chegamos ao ponto de uma televisão iniciar uma sondagem, com a pergunta «Dê a sua opinião: estaria disposto a oferecer o seu subsídio de férias para ajudar o País?». Como que a preparar psicologicamente o cidadão para o inevitável, um jornalista demonstra por a+b que cada português deve anualmente cerca de 8 mil euros. Culpabilizando os malandros que não pagam as contas, assegura-se que não há alternativa ao sacrifício. Neste ponto, os portugueses que ganham 200 euros mensais de reforma, devem estar a pensar como devem um valor que nem sequer auferem. Nem é preciso ir tão longe, qualquer cidadão que pague as suas contas com o seu parco salário, também deve estar confuso. Para perceber basta verificar que as contas do jornalista baseiam-se, por estimativa, no salário médio português, 920€. É a média salarial, porque neste país profundamente desigual, há quem ganhe tanto que faça subir este valor. A verdade é que o salário mais comum em Portugal ronda os 500€, mas esse facto teria outro impacto na contabilidade do jornalista e podia passar a imagem errada...
Parece que estamos tão mal quanto a Grécia. Tal como eu esperava, as agências de rating não se deram por satisfeitas com o PEC e continuam a avaliar negativamente a economia portuguesa. Chegamos ao ponto de uma televisão iniciar uma sondagem, com a pergunta «Dê a sua opinião: estaria disposto a oferecer o seu subsídio de férias para ajudar o País?». Como que a preparar psicologicamente o cidadão para o inevitável, um jornalista demonstra por a+b que cada português deve anualmente cerca de 8 mil euros. Culpabilizando os malandros que não pagam as contas, assegura-se que não há alternativa ao sacrifício. Neste ponto, os portugueses que ganham 200 euros mensais de reforma, devem estar a pensar como devem um valor que nem sequer auferem. Nem é preciso ir tão longe, qualquer cidadão que pague as suas contas com o seu parco salário, também deve estar confuso. Para perceber basta verificar que as contas do jornalista baseiam-se, por estimativa, no salário médio português, 920€. É a média salarial, porque neste país profundamente desigual, há quem ganhe tanto que faça subir este valor. A verdade é que o salário mais comum em Portugal ronda os 500€, mas esse facto teria outro impacto na contabilidade do jornalista e podia passar a imagem errada...
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Descritores: Crise, Desigualdade, Direitos, Economia, Recessão
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Descritores: Angústia existencial, Ética, Moral, Sociedade
 
 
