Indicadores

O segundo indicador diz respeito aos prémios atribuídos aos gestores financeiros. Aqui curiosamente não há falta de convergência com o que se faz no resto da Europa, excepto pela diferente tributação a que estes prémios estão sujeitos. Em França, são tributados a 50%, porque afinal foi a mestria destes génios da gestão financeira que deu origem à crise que atravessamos. Mas em Portugal, não, parece que não houve conduta irresponsável dos gestores financeiros. Talvez o BPN e o BPP tenham sido apenas um sonho mau e o dinheiro dos contribuintes lá injectado, uma mera nuvem de fumo...
Estamos a falar de 300 milhões de euros em prémios, valor que é aceitável para a Banca Portuguesa. É bom recordar que a Banca é tributada na mesma percentagem que as pequenas e médias empresas, algo impensável em qualquer outro país europeu. Não admira que exista dinheiro para prémios chorudos, independemente da recessão e da responsabilidade assumida. Mas o que indigna é um aumento de 15 euros no salário mínimo...
A semana termina com a aprovação da proposta do governo de união entre pessoas do mesmo sexo, medida com a qual me congratulo e que consagra uma igualdade efectiva de direitos. nesta matéria. É sempre bom saber que pelo menos no acesso ao casamento, existe igualdade de direitos. Era óptimo poder dizer o mesmo para a igualdade no acesso ao emprego, à justiça, à saúde e à educação.
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