Até na prevenção da GripeA uns têm mais deveres que outros

Repare-se como até a questão da Gripe A revela bem a mentalidade instalada. O cidadão é que tem que se prevenir. O cidadão que parta uma perna, o cidadão que compre desinfectante na farmácia. Não se exige às empresas ou aos comerciantes que aumentem as precauções com a limpeza e desinfecção das instalações que o publico utiliza. Quem entrar numa casa de banho pública, nem que seja para lavar as mãos terá sorte se encontrar sabonete. Já nem falo na limpeza dos próprios transportes públicos. Alguém já reparou nas equipas de limpeza que entram nos aviões antes do embarque e que 10 minuto depois, já cá estão fora? E o que dizer dos nossos locais de trabalho mantidos por equipas de limpeza, que muitas vezes arrastam uma esfregona molhada e nem detergente usam? (E um aparte, pelo que pagam a estas pessoas não as censuro, critico sim quem permite que isto se passe...).
Até no que pode funcionar como uma distracção do que é verdadeiramente importante, conseguimos perceber o grau fundamental de desigualdade de direitos e de tratamento a que se chegou. Ao cidadão comum tudo se exige ao ponto do ridículo, a quem de facto tem poder e responsabilidade, nada é exigido em matéria de prevenção da “pandemia”. Veja-se que as empresas recusam até pagar salários em caso de quarentena. Na GripeA como em tudo o resto, os sacrifícios e os cuidados são exigidos só a alguns.
Sem comentários:
Enviar um comentário