Stupid me...
Placebo
"Battle for the sun"
2009
Some see things as they are and say "Why?" I dream things that never were and say "Why not?" George Bernard Shaw
Placebo
"Battle for the sun"
2009
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Descritores: About me, Angústia existencial, Musica
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Descritores: Desigualdade, Portugal, Sociedade
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Descritores: Direitos humanos, Política Internacional, Rússia
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Descritores: h, Justiça, Política Internacional, Política Nacional
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Descritores: Materialismo, Portugal, Sociedade
E o que dizer do acesso à justiça? Já de si caro e moroso, já de si só acessível a alguns, foi ainda dificultado pelo aumento das custas judiciais. Nem será de falar das empresas que encerraram sem que nada fosse feito. Preferem-se planos de investimento megalómanos que vão afectar o nosso endividamento, a investimentos ponderados na recuperação de escolas e hospitais, que podiam estimular a economia a nível local. Até a nível ambiental se conseguiu desresponsabilizar as industrias que façam descargas poluentes...
E devo-me estar a esquecer de outras tantas evidências, mas a nota fundamental é que há sempre quem ganhe e não somos nós meros mortais. E convém acrescentar que o que se discutiu não foi o Estado da Nação, nem as questões que eu levantei. Discute-se um imbecil que não se sabe comportar e que já tinha demonstrado isso há muito tempo, porque agora fez um gesto ofensivo e isso é que é a noticia... Os gestos ofensivos deste governo ao longo da legislatura, não incomodaram ninguém...
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Descritores: Desigualdade, Política Nacional, Portugal
(...)
O tempo em que viesses sim seria
um tempo vertebrado um tempo inteiro
e não meras palavras arrancadas ao tinteiro
e alinhadas em fugaz caligrafia
Viesses tu que a tua vinda afastaria
todos os meus cuidados transeuntes
e para sempre alegre viveria
os meus dias infantes já distantes
A solução da solidão compartilhada
onde vejo o meu mais profundo mundo
seria a solução ampla e sem fundo
oposta sem resposta ao meu país do nada
Com a voracidade do olvido
seria só tu vires e lutares
e por mim de olhos enormes e crepusculares
serias ente querido recebido
Volta com as primeiros anjos de dezembro
num vasto laranjal eu quero amar-te
e então a tua vida há-de ser a minha arte
e o teu vulto a única coisa que relembro
O passado é mentira digo eu
sensível ao esplendor do meio-dia
e sob a árvore plena de alegria
o mínimo cuidado esmoreceu
Ao grande peso de tanto passado
com a insónia da dúvida na testa
basta a tua presença que protesta
e todo eu me sinto renovado
Ruy Belo
"Poema para a Catarina"
in Despeço-me da Terra da Alegria
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