"Meet David Davis"
Não fosse um artigo do "Open Democracy", e eu provavelmente não saberia quem é David Davis... ou então, ando muito distraída e não li nada na nossa comunicação social sobre ele... Este senhor é um ilustre parlamentar britânico, do partido conservador, que insurgindo-se de tal forma contra a nova Lei Anti-Terrorista de Gordon Brown, demitiu-se do seu cargo político. Ele alega que o Parlamento, ao atentar contra a liberdade e os direitos mais fundamentais do cidadão, deixa de cumprir o papel que lhe foi delegado. Fala de uma asfixia da liberdade cívica pela elite governativa, pelos partidos e pelos próprios Média, sem que o Parlamento consiga evitá-lo. Vale a pena ouvir os motivos dele:
Parece exagero, mas não é. A Lei Anti-terrorista ou lei das 42 horas, prevê que um cidadão possa ser detido sem culpa formada por mais de 42 horas, desde que essa ordem venha de um responsável político da Administração Interna. O Max explica muito bem as implicações dessa legislação neste post. A esta lei juntam-se sucessivas medidas, que visam integrar uma série de dados privados dos cidadãos, em bases de dado do Estado. Bases de dados criadas e desenvolvidas por empresas privadas, que logicamente terão acesso a informações pessoais dos cidadãos. Já para não falar paranóia das câmaras de vigilância...
Claro que a imprensa e os adversários políticos estão a acusá-lo de pretender protagonismo. Sinceramente, não conheceço a política interna britânica o suficiente, para poder afirmar se é disso que se trata. O que importa é a mensagem, não o mensageiro. E para mim, a asfixia das liberdades cívicas é um facto e que já não temos, nos parlamentos ou nos governos garantes dos nossos direitos fundamentais, é mais que óbvio. Como diz o autor do artigo e muito bem, isto não é sobre David Davis, é sobre todos nós:
«Against this background democrats need to develop and reinforce the central claims that Davis is making: that voters don't want to be governed by a state which holds the innocent without charge, conducts blanket surveillance; corrupts personal information; and hires corporations to build a unified high-tech state that manages the identity of every citizen.
This isn't about David Davis, it is about us»
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