sexta-feira, abril 20, 2007

Novas oportunidades para quem?

.

A mais recente campanha do governo de José Sócrates, chega a ser ridícula ou então vivemos em países diferentes. Em Portugal existem 56 mil licenciados desempregados e valoriza-se a qualificação? Estamos a incentivar as pessoas a investir na sua qualificação, quando não existe uma política de emprego que valorize essa qualificação? Incutir falsas expectativas é muito feio… E como se sentem as pessoas licenciadas, que se viram obrigadas a aceitar empregos que nada têm a ver com a sua formação académica, perante esta campanha do governo?

Este cartaz do BE, parece mais em conformidade com o país onde eu vivo…




2 comentários:

a_lost_soul disse...

não pude deixar de reparar neste pequeno texto. Portugal é um país de doutores, onde muitos deles simplesmente não querem trabalhar onde se suje as mãos. tudo muito bem que sejam licenciados, eu tb o sou mas não procuro emprego somente na minha área. kero ser util ao país e a kem me venha a empregar. dou o exemplo da alemanha onde doutores sao os medicos e onde trolhas, carpinteiros sao mt mais importantes na sociedade. o ke falta a portugal n é um sitio onde colocar licenciados, somos um país pekeno com excesso de advogados, médicos e outros ke tais. pk será ke ninguem ker ser trolha, marceneiro, canalizador, desentope fossas? pk é sujo e ganha-se pouco. ke se lembre o governo mas é de dar mais oportunidades a estas profissoes. sao elas ke movem o país e nao um bando de engravatados fexados num tribunal ou uma duzia de engenheiros de maos atras das costas em volta duma tampa de saneamento basico

Hopes disse...

Caro "A lost soul",

Bem vindo a este blog e obrigado pelo comentário. O objectivo do cartaz não é denegrir as profissões que não exigem licenciatura. Todos os ofícios têm mérito desde que sejam exercidos com profissionalismo. E os salários deviam ser bastante mais elevados.
A questão fundamental é que existam oportunidades para as pessoas desempenharem a profissão para a qual investiram. Não lhe parece uma ambição justa?

E repare que existem muitos licenciados a ganhar 300 euros porque estão a recibo verde e a descontar 200 para a segurança social, muito menos do que ganha um mecânico ou um pedreiro. E muitos concorrem para profissões que exigem somente o 9º ano e vêem a sua candidatura excluida.

E Portugal, não é um país de doutores... é o país europeu com menos licenciados e com a taxa mais baixa de qualificação. O que me parece fundamental é que não exista um tom depreciativo, quando se fala de categorias profissionais. Temos que respeitar tanto os licenciados, como os não licenciados, desde que sejam bons profissionais...