Atentado literário II

Um longo bocejo e o querer ficar ali, acordar para quê? Lá fora só o que eu não quero, lá fora só o que me entristece, lá fora só o que dói, lá fora só quem eu não quero ver e o que eu não quero ouvir.
O insuportável ruído das palavras que não deviam sair. As palavras que saem da boca das pessoas que pensam que sabem tudo. Tu sempre detestaste as pessoas que têm todas as respostas, nenhuma das suas respostas te serve. Nunca serviram.
E sem acordar, ficou ali, sem dormir, olhos fechados e a mente já não longe, mas agora vazia.
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