sexta-feira, junho 03, 2011

Antes de votar Passos Coelho, recorde que... Parte III

O seu Ministro das finanças será Eduardo Catroga que vai aumentar o peso do IVA enquanto reduz a taxa social única para as empresas. É o imposto que as empresas pagam para assegurar que o acesso à segurança social dos trabalhadores… vamos colocar em causa as reformas futuras, a sustentabilidade do sistema? Para proteger de igual forma grandes empresas altamente lucrativas como a Cimpor e a Jerónimo Martins e as pequenas empresas, retirando o ónus do imposto mais cego e injusto, o IVA? E ainda elimina a taxa intermédia do IVA, para nos impor mais um cabaz de produtos a 23%. Passos Coelho diz que o PSD nunca falou em eliminar a taxa intermédia de IVA, desmentindo a intenção anunciada por Eduardo Catroga. Quando as medidas são socialmente aterradoras, depois vem dizer que não é bem assim. Mas deixou claro que concorda com o aumento da taxa aplicada ao fornecimento de electricidade para o seu nível máximo, por forma a financiar uma desejada redução da Taxa Social Única. Ao que parece até aqui discutiam-se pêlos púbicos... O que nunca foi discutido foi a subfacturação de 2,2 milhões de euros, que levou ao apuramento de prejuízo e isenção do pagamento do IRC da empresa do Sr. Catroga! Seria isto discutir "pentelhos"?

Consta no seu programa eleitoral, a privatização das Aguas de Portugal, algo que só acontece em 2 países do mundo e que poderá comprometer o acesso de todos a um bem essencial. Nem o FMI impôs tal coisa, mas a troika não tem um grande amigo chamado Ângelo Correia com uma empresa chamada FORMINVEST, cujo mercado são as energias renováveis... Privatizar o que dá rendimento ao Estado, só tem uma motivação, há muitos amigos a enriquecer com negócios lucrativos que até aqui eram de todos, como a saúde, a educação e os transportes... Por causa do desconforto que estas ideias provocam, Passos Coelho passou a campanha a dizer uma coisa, para logo a seguir desmentir, não convém que se perceba o que está em causa. Convém que não se perceba que quer ir mais longe que o FMI, que quer mais sacrifícios para os mais pobres que menos podem. Nem tenciona respeitar a vontade da população manifestada em referendo a favor dos direitos das mulheres. Nem preocupação social, nem preocupação democrática... é isto que deve recordar na hora de votar!

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