quarta-feira, junho 01, 2011

Antes de votar Passos Coelho, recorde que... Parte I

Porque as sondagens lhe eram favoráveis, chumbou o PEC IV, quando tinha vindo a concordar com o essencial das medidas de austeridade do PS, sabendo que isso ia precipitar a queda do governo e a vinda do FMI com a austeridade selvagem e o aumento do endividamento que daí advém; cá dentro diz que os portugueses não suportam mais sacrifícios, lá fora, perante a comissão europeia, diz que chumbou o PEC IV por este não ir tão longe como devia!

Tem ao seu lado o Movimento Mais Sociedade, formado por banqueiros e economistas do PSD e eventuais futuros ministros: António Carrapatoso defendeu o corte do 13º mês, João Duque defendeu que as empresas paguem menos impostos, aumentando o IVA. Miguel Cadilhe disse que “as más condições financeiras se sobrepõe às políticas sociais e que perdemos o direito de ser optimistas”. Deste grupo veio também a ideia que o recurso ao subsídio de desemprego deve ter como consequência a redução da pensão de reforma, como se os desempregados o fossem voluntariamente e como se a falta de emprego não fosse suficientemente prejudicial. Falam do alto dos seus salários chorudos e da sua vida confortável de burguesia urbana, alguns deles com dívidas ao fisco no valor de 740 mil euros. Completamente alheios e insensíveis à luta diária, de quem trabalhando ou recebendo a justa reforma, não ganha o suficiente para a sua sobrevivência.

Para capitalizar os votos que Fernando Nobre teve nas Presidenciais, mesmo sem afinidades ideológicas aparentes e aproveitando o oportunismo do candidato, anuncia que este será candidato à Presidência da assembleia da República. Nem essa posição é escolhida antecipadamente, são os deputados eleitos que escolhem, como não permite tomar qualquer das medidas que Fernando Nobre anuncia. Desconhecimento da lei ou desrespeito pela democracia ou ambas?

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