Se o memorando da Troika é mau, ainda não leu o programa do PSD
Quem leu os posts anteriores já terá percebido que o plano do FMI, é um verdadeiro homicídio económico e social. Não fosse isso suficientemente grave, o principal opositor ao governo que negociou a sentença de morte, acha que o crime não têm suficientes requintes de malvadez. O PSD acha que se deve ir mais longe. Acha que se devem perder ainda mais direitos sociais, privatizar mais entidades públicas, aumentar o peso do IVA enquanto se reduz a taxa social única para as empresas. Convém perceber o que está em causa, quando se privatiza bens, serviço essenciais ou monopólios naturais. Quando o Estado controla estes sectores garante uma universalidade do acesso, a preços mais reduzidos, preside a lógica do interesse público e não a obtenção de lucro ou as regras do mercado. Veja-se o que aconteceu com a privatização do mercado dos combustíveis, os preços têm vindo a subir descontroladamente e de forma cartelizada, quer o petróleo baixe ou suba. É isso que queremos que acontece aos comboios, ao metro, ao correio, à água? Sim, nem a empresa Aguas de Portugal escapa ao plano de privatizações do PSD! Isto só acontece em 2 países no mundo, porque já se trata de monopólio natural e tem um valor essencial inegociável. Imagine-se o que seria lucrar com a captação de água, pagava-se o que fosse preciso porque não há alternativa. Quando a lógica é o lucro, podemos perguntar quem vai garantir que uma aldeia em Bragança tenha acesso a serviços, se o custo é muito mais elevado? Alguém vai querer saber se há cidadãos que não podem pagar a factura?
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