segunda-feira, setembro 28, 2009

No rescaldo das eleições

Ao que parece o CDS ganhou as eleições e o PS teve uma extraordinária vitória. No preciso momento em que Sócrates, perdendo a maioria absoluta e cerca de 500 mil votos, afirma uma vitória extraordinária e frisa extraordinária (para quem julgasse que percebeu mal à primeira), dissemos adeus ao Sócrates candidato do PS com laivos de esquerda, para vermos surgir o primeiro-ministro arrogante que todos conhecemos. Resta saber como fará ele para ver as suas propostas aprovadas. Será que vai ziguezaguear entre esquerda e a direita ao sabor das conveniências, arruinando a pouca coerência política que lhe restava ou assume definitivamente a viragem à direita e coliga-se com o CDS?

Seria grave desprezar a maioria de esquerda no parlamento, mas é conhecida a indiferença de Sócrates pelo conceito. A questão ficará do lado de Paulo Portas, até que ponto e sendo a perspectiva de poder tão aliciante, engole o orgulho e retira as críticas feitas ao PS durante estes quatro ano? Seja como for, acho lamentável que estejamos dependentes dos caprichos de um líder partidário que acha que as soluções para os problemas do país, passam por retirar o rendimento mínimo aos pobres, expulsar os imigrantes e colocar um polícia a cada esquina. Pena é que este discurso do egoísmo e do ódio ao outro, tenha tido tanta adesão por parte de uma classe média tão desfalcada por quatro anos de pseudo-esquerda...

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