A semana que mudou tudo
É pena que só se consiga ler um artigo bem fundamentado e com soluções concretas para a crise financeira, em inglês e num site pouco divulgado como o Open Democracy. O artigo chama-se "The week that changed everything" e foi escrito por Ann Pettifor, editora do "Real World Economic Outlook". Vale a pena ler o artigo na íntrega, no entanto vou tentar destacar alguns pontos importantes:
A teoria económica neo-liberal tem ignorado o papel da política financeira, enaltecendo a teoria do mercado livre de Friedman e ignorando as teorias Keynesianas. O resultado foi alimentarem três grandes ilusões:
1. As instituições bancárias não são insolventes
2. Permite-se que um receio injustificado de uma inflação alta, fundamente a manutenção de taxas de juro altíssimas, sobretudo quando se caminha para a deflação
3. Não se pensa em políticas economicas globais e a longo prazo
A autora aponta quatro soluções essenciais:
1. À semelhança do que fez Roosevelt nos anos 30, encerrar o sistema bancário para investigar e eliminar todos os produtos financeiros duvidosos, avaliando a verdadeira dimensão dos estragos
2. Fim da política de altas taxas de juro e da obcessão pela inflação para estimular a economia, não se trata de facilitar o crédito, mas torná-lo barato
3. Criar entidade reguladora fiável que represente os interesses de todos e não só os da alta finança
4. Voltar a um sistema de controlo de capitais ao nível internacional, à semelhança do BrettonWoods em 1947
Em suma, não é preciso inventar nada de novo, basta recordar o que foi feito após a Grande Depressão, a chamada era dourado dos mercados financeiros:
«To return to such a golden era, the money-lenders, speculators, and orthodox economists responsible for the gross failures exposed by the week that changed everything must stand aside - so that everything indeed can change, and for the better. »
Vamos ver até que ponto a ortodoxia neo-liberal muda...
A teoria económica neo-liberal tem ignorado o papel da política financeira, enaltecendo a teoria do mercado livre de Friedman e ignorando as teorias Keynesianas. O resultado foi alimentarem três grandes ilusões:
1. As instituições bancárias não são insolventes
2. Permite-se que um receio injustificado de uma inflação alta, fundamente a manutenção de taxas de juro altíssimas, sobretudo quando se caminha para a deflação
3. Não se pensa em políticas economicas globais e a longo prazo
A autora aponta quatro soluções essenciais:
1. À semelhança do que fez Roosevelt nos anos 30, encerrar o sistema bancário para investigar e eliminar todos os produtos financeiros duvidosos, avaliando a verdadeira dimensão dos estragos
2. Fim da política de altas taxas de juro e da obcessão pela inflação para estimular a economia, não se trata de facilitar o crédito, mas torná-lo barato
3. Criar entidade reguladora fiável que represente os interesses de todos e não só os da alta finança
4. Voltar a um sistema de controlo de capitais ao nível internacional, à semelhança do BrettonWoods em 1947
Em suma, não é preciso inventar nada de novo, basta recordar o que foi feito após a Grande Depressão, a chamada era dourado dos mercados financeiros:
«To return to such a golden era, the money-lenders, speculators, and orthodox economists responsible for the gross failures exposed by the week that changed everything must stand aside - so that everything indeed can change, and for the better. »
Vamos ver até que ponto a ortodoxia neo-liberal muda...
Sem comentários:
Enviar um comentário