domingo, dezembro 30, 2007

Falar de 2007

Para ser original, vou escrever um post sobre o ano que passou. Fui ler o que escrevi o ano passado, curiosamente podia escrever exactamente o mesmo. Acho que só mudam as músicas, os filmes, os livros e os poemas. Falei de acontecimentos internacionais preocupantes, do Iraque e do Darfur e um ano depois, continuam a ser motivo de preocupação. Ao Iraque e ao Darfur, junta-se Myanmar e também aqui a comunidade internacional e a ONU agiram com uma preocupante passividade. O desrespeito pelos direitos humanos continua a não incomodar, foi assim em 2006, em 2007 e seguramente será em 2008:

«In politics, no one can hear you scream»…


E o que eu disse sobre o nosso cantinho, é tão certeiro ainda, que me vou citar:


«Por cá, não menos preocupante…
Um governo socialista de direita
Agrava-se o fosso entre ricos e pobres

Entre o desemprego e a precaridade, escolhe-se a emigração
O olhar triste daqueles que deixaram de acreditar que o próximo ano será melhor»


Só posso acrescentar a esta bonita lista o autoritarismo e a propaganda irritante, a culminar com os momentos históricos da presidência da EU. Ainda fomos bombardeados com 6 meses da novela Maddie Mcann, esmifrada até à exaustão e OPAS, tantas OPAS, Mourinhos, Cristianos Ronaldos e Scholaris... Tudo isto, enquanto assistimos alegremente à perda dos nossos mais elementares direitos sociais e laborais. Passivamente. Será diferente em 2008?


Se as preocupações não mudaram muito, vamos ao que mudou:


A música
“Neon Bible” – Arcade Fire
“Cintura” – Clã

O livro
“Portugal, o medo de existir” – José Gil (só o li em 2007... guilty)


O poema
Conversa com a pedra” - Wislawa Szymborska

O rosto vulgar dos dias” – Alexandre O’Neill

O filme
”Sicko” – Michael Moore

“The dead girl” – Karen Moncrieff

A série

“Heroes”

“House MD”


Sem comentários: