Myanmar: Moscovo apoia a junta militar
Quem ouviu o Presidente Putin, em Lisboa, falar de um Instituto para os direitos humanos na Rússia, esperaria uma posição firme contra a junta militar birmanesa. Atitude ingénua, de facto… A Rússia mantém contratos de armamento com aquele país, foram vendidos 15 caças e está em fase de negociação a construção de um sistema de defesa aérea com mísseis russos.
Em contrapartida, Moscovo obtém importantes concessões petrolíferas, como a exploração das jazidas de petróleo e gás birmanesas, para consolidar a sua posição no mercado europeu da energia.
Abdicar de tudo isto em nome dos direitos humanos, seria pedir muito, não era?
Moscovo opõem-se às sanções económicas contra Myanmar. É muito mais conveniente o Ministro dos Negócios estrangeiros russo recomendar “medidas para evitar um agravamento das tensões”, dando a entender que admite a repressão governamental para manter a estabilidade. É a real politik, interesses mais altos se levantam e estes nunca são os direitos humanos…
2 comentários:
além disso enquanto continuar a haver "os 5 senhores dos vetos" no conselho da ONU nada andará para a frente neste mundo. é cada um a puxar a brasa à sua sardinha.
não era de esperar grande coisa deste senhor :/
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