"Era tão bom dormir!"
Quero acabar entre rosas, porque as amei na infância.
Os crisântemos de depois, desfolhei-os a frio.
Falem pouco, devagar.
Que eu não oiça, sobretudo com o pensamento.
O que quis? Tenho as mãos vazias,
Crispadas flebilmente sobre a colcha longínqua.
O que pensei? Tenho a boca seca, abstracta.
O que vivi? Era tão bom dormir!
Poema de Álvaro de Campos
1 comentário:
O que quero...deixa-me mesmo ficar de mãos vazias, mas no entanto penso que se fico com o ar em mãos posso fazer dele a oportunidade de ir mais além, ao sítio, não do picapau amarelo mas aonde o meu coração relaxa nos intervalos em que grita, sorri e boceja...
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