Brinca-se...
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Neste país, brinca-se de facto.... Se é ao Carnaval, se é com a nossa cara já não sei dizer...
Cá brinca-se às OPAS, um dia há OPA, no dia seguinte já não há OPA.
Brinca-se às demissões e à convocação de eleições antecipadas. Há um bobo da corte que goza com o Estado, com as instituições e com o dinheiro dos contribuintes, aplaudido pelo maior partido da oposição.
Brinca-se com o poder de comprar, vender e corromper, sem que nenhuma responsabilidade seja assumida.
Brinca-se ao país desenvolvido do choque tecnológico, que é afinal o país da mão-de-obra barata.
Brinca-se a fechar urgências e maternidades. Para que precisam delas meia-dúzia de pacóvios no interior?
Brinca-se ao TGV e ao aeroporto da OTA.
Brinca-se aos indultos.
E eu podia continuar, mas repetir mais vezes a palavra “brinca-se” começa a soar a ridículo, sem ironia aparte.... Salto para a conclusão final.
A brincadeira parece ter tanta piada, que dois anos depois os portugueses dão uma nota positiva ao organizador deste Carnaval, líder nas sondagens e na popularidade...
Neste país, brinca-se de facto...
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