Citação do dia
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«Acho que o PS devia ousar tocar naquelas percentagens absurdas de lucros dos bancos. Há hoje em quase todos os países europeus impostos sobre grandes fortunas, até no Luxemburgo. Os bancos deviam contribuir com uma parte para o esforço colectivo. O meu partido devia, por exemplo, ter criticado o Compromisso Portugal e aquela proposta de despedir 200 mil funcionários públicos. E não o ouvi fazer.»
Manuel Alegre em entrevista ao Diário de Notícias
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Exactamente! Então isso quer dizer que vai votar contra o orçamento de Estado, certo?
9 comentários:
ele explicou isso na entrevista...
mas muito mais importante foi a forma como ele afirmou que o rei vai nu, dizendo claramente que a esquerda europeia capitulou em mastricht.
é essa a raíz dos males actuais da esquerda na Europa e em Portugal.
Pois, explicou...
Mas apesar disso, eu continuo a perguntar-me porque se vota a favor de uma coisa, com a qual se discorda veementemente. Será que não vale a pena? Se votasse contra, teria de sair do Partido?
Quanto à questão da capitulação das esquerdas em Maastricht, é um reparo importante, claro... Não é novidade. Mas não é mais importante, referir o que se pode fazer para mudar esse estado de coisas?
É votando um orçamento que não é de esquerda, para dizer o mínimo, que se faz alguma coisa para combater os "males actuais da esquerda"?
é compreensível que uma pessoa tão ligada ao património simbólico do PS e que dedicou toda a sua vida à causa da esquerda democrática tenha dificuldade em cortar as amarras.
é natural que ache que é mais importante para a esquerda que ele esteja dentro do PS do que fora.
para sair, teria de fundar um novo partidpo socialista, como fez oskar lafontaine na Alemanha.
mas Portugal não é a Alemanha...e Manuel Alegre já está com 70 anos e à sua volta é o deserto.
todos nós temos as nossas incoerências, mesmo aqueles de entre nós que se esforçam por ser coerentes.
talvez caiba a nós, à geração que já não sente dívidas de gratidão em relação ao 25 de Abril nem tem medo do papão soviético que ainda assombra muitas cabecinhas, mudar este estado de coisas.
agora, como, é que é a questão.
para já, esforçando-nos por compreender e por não permitir que nos atirem areia para os ohos.
a ideia de esquerda está pelas ruas da amargura pela Europa fora.
Agradeçamos a blaires, guterres e afins...
mas em Itália, que é um país que está sempre 10 anos à frente dos outros em termos políticos, a esquerda está a renascer.
já sem falar no Zapatero.
Cara hopes and dreams:
não ligar ao cão.
Ainda acredita no pai natal...
Deve ser como a questão da privatização das águas, é contra mas vota a favor.
Coitado do rapaz anda confuso...bom rapaz, mas muito distraidito.
Pedro,
O teu pousio cíclico transcendente terminou, foi? Espero que tenha sido produtivo... :)
Cão,
Acho que até tens razão em relação à idade do Manuel Alegre e a todos os problemas que decorrem da criação de um novo partido. Mas eu gostava de ver uma atitude política mais firme, que realmente pressionasse o Socrates. Alguma coisa que agitasse este marasmo político... O MIC, infelizmente nem cócegas faz...
Tal como tu, espero que Zapatero e Prodi não se venham a revelar blairistas e guterristas...
João,
Exacto e por eu achar que ele é bom rapaz, é que esperava mais dele.
Maior trabalho, de oposição interna, tem feito Helena Roseta. Mas talvez só o faça por não pertencer ao parlamento, estando portanto menos exposta nas alturas das votações.
Sinceramente, e apesar do capital popular recebido nas eleições presidenciais, não sei se será Manuel Alegre o "escolhido" para tentar virar as políticas de Sócrates à esquerda, acho até que já desbaratou bastante desse capital. O último será gasto ao votar com o PS no Orçamento de Estado depois de muito o criticar (porque a ele ninguém o cala, lol). Mas veremos.
Agora nunca esperem que Manuel Alegre faça, neste momento, um partido novo. Até porque a melhor altura para tal foi durante as presidenciais. Nessa altura teria mais lógica fazer o tal partido, à imagem de um PRD de Ramalho Eanes...
ASENSIO
"pousio cíclico transcendente" lol essa é boa... uma boa definição de férias, que eu adoptarei também :)
Em relação ao MIC, dá vontade de rir de tão ridículo e inócuo ser... para além de totalmente dominado (e minado) por gente do PS. Eu, que votei Alegre e fiz campanha Alegre, desiludi-me rapidamente de um movimento cívico que não passa de tentativa de.
Também concordo que um novo partido de esquerda, a ser criado, teria de ter sido na altura das presidenciais, antes ou depois (antes faria mais sentido). Agora, quase todo o capital político decorrente do tal milhão de votos já foi perdido. Tenho a impressão que o Alegre, a quem ninguém cala, não quer é magoar (demasiado) o seu (?) partido...
PS - Como derivado ao meu "pousio cíclico transcendente" estou a comentar posts já de há algum tempo, nesta altura Alegre já votou a favor do orçamento. Com declaração de voto, é preciso dizer... faz toda a diferença :(
António,
Desculpa só vi agora o teu comentário. Bem regressado à caixa de comentários deste blog!
Realmente o MIC foi um fenómeno bastante inócuo e o Manuel Alegre acabou por votar um orçamento, com o qual não concorda. E na minha opinião a declaração de voto não faz assim tanta diferença, se se está contra, tem que se votar contra...
Ainda não o vi no congresso do PS, e tem sido a Helena Roseta a voz mais crítica do governo. Uma pessoa entre tantas que se dizem de esquerda e socialistas, não chega...
É inocuo e tenho imensa pena que assim seja!
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