quinta-feira, julho 20, 2006

Ainda a questão do Líbano

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«Israel tem razão em invocar o direito a defender-se. Mas terá o direito de atingir objectivos civis indiscriminados, sob o pretexto de que os islamitas se refugiam deliberadamente entre populações indefesas, sujeitando-as, por isso, aos actos de retaliação? Terá o direito de arrasar as bases de sobrevivência de um país, o Líbano, só porque o frágil Governo de Beirute não tem, manifestamente, capacidade para desarmar o exército do Hezbollah - e as instâncias internacionais nada fizeram, até agora, por isso?
Terá o direito à desproporção dos meios e à escolha arbitrária dos alvos a abater? Esse direito não legitimará a reivindicação de outro direito idêntico por parte do inimigo, desencadeando a engrenagem cega das razões da guerra?
Israel ataca com toda a força o inimigo mais próximo para fazer chegar a sua mensagem ao inimigo mais distante e que maneja na sombra, em Damasco e Teerão. Atacar a Síria seria trazer o Irão para a guerra - e abrir a porta a um apocalipse regional no Médio Oriente que, pela lógica imparável das escaladas, poderia abrasar o mundo. Israel sabe-o e os seus inimigos também. Como aconteceu no passado, a Palestina e o Líbano são, assim, os teatros imediatos e permitidos dessa "guerra proibida", ainda impensável - sobre a qual se projecta um interdito, um "no trespassing"»
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Israeli air strikes killed at least 57 civilians and a Hizbullah fighter on Wednesday, the single deadliest day of the war so far, as thousands of villagers continued to flee. The scale of civilian casualties was described by the UN human rights chief Wednesday as having the potential to result in charges of "war crimes"
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"I am sending my nephews to Faraya. I cannot bare feeling they might be hurt," said Hoda as she waved goodbye to her three nephews. "I am totally confused. Israel is apparently sparing nobody."
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