segunda-feira, novembro 30, 2009

Sublime

Ontem tive o prazer de assistir ao concerto dos Muse no Pavilhão Atlântico e todos os adjectivos são poucos para descrever aquelas duas horas de espectáculo. O som e a musicalidade são de uma qualidade que muito poucos conseguem atingir. Mas o que impressiona mesmo é corropio de emoções que os Muse nos conseguem transmitir, é impossível ficar indiferente.



"Uprising" abriu o concerto como seria de esperar e o refrão a vermelho no écran gigante, ecoa nos nossos ouvidos: «They will not force us/ They will stop degrading us/ They will not control us/We will be victorious». Arrepiante no mínimo! Resistimos e nascemos de novo. E porque é que não percebemos que quando sangramos, sangramos da mesma forma? Nesta altura somos sugados para um buraco negro... «they are breaking through/ they are breaking through/ now we are falling/we are losing control/ Invisible to all/ The mind becomes a wall».

Mas nós queremos mais. Chama-se "Hysteria", pedem-nos o coração e a alma e nós damos! «Grating me/ And twisting me around/ Yeah I'm endlessly/ Caving in/ And turning inside out». E também há inquietação, «must we do as you're told?». E logo da inquietação, os Muse nos levam ao que a vida tem de bom e é impossível não nos sentirmos bem... «the fish in the sea/they know I feel/ it's a new day/ it's a new life for me!». Não falta a paixão, há uma luz que nos guia, revelam-se undisclosed desires: «I want to reconcile the violence in your heart/ I want to recognise your beauty is not just a mask/ I want to exorcise the demons from your past/I want to satisfy the undisclosed desires in your heart» e não é isso que nós queremos?Ligados à corrente, electrificados, o nosso tempo está a terminar, mas ainda há tempo para um alerta: «I am hungry for some unrest/ I want to push this beyond a peaceful protest/ I wanna speak in a language that they'll understand». E poderá ser mais claro que isto:

1 comentário:

Bruno Ramalho disse...

Lindo post. E que invejinha... ;)