Atentado literário I
Sozinho no escuro, entre a vida e o sonho, entre aquilo que faz e aquilo que sempre quis fazer, olha em redor... O candeeiro apagado, a luz ténue da janela, o sorriso dela algures lá fora, o sentimento de já não poder voltar atrás. Melhor seria apagar tudo, melhor seria começar do zero, para partir do nada e fazer o mesmo tudo de novo. As mesmas dúvidas, os mesmos erros, os mesmos medos... Viriam as mesmas pessoas? Ela e o seu sorriso ridículo algures lá fora? Viria o escuro? Voltaria a estar na mesma cama, a olhar em redor, a sentir tudo o que não fez?
Não, não, recusa-se a acreditar que faria tudo de novo. Seria outra pessoa, riria sempre como tolo, nunca fixaria um sorriso, não lhe ia dizer nada. As pessoas seriam outras, o caminho seria sempre o que ele escolheu, sem arrependimentos, sem dúvidas, sem medos. O escuro nunca viria, nem o sorriso dela algures lá fora, nunca estaria entre a vida e o sonho. E não, nunca iria pedir para voltar atrás e começar tudo de novo, nunca olharia em redor...
(Pois, isto é mesmo meu... Se a Margarida Rebelo Pinto pode, eu também posso... LOL)
3 comentários:
Já te conheço há muitos anos, mas nunca pensei teres este dom em ti. Vai para a frente. Adorei. Mas deixas-te-me curiosa!! E agora o que é que ele vai fazer a seguir?
Tânia
Só tu para veres um dom nisto... é que eu precisava de encher o blog! Mas como és uma leitora assidua e minha amiga ainda por cima, eu vou pôr as minhas celulas cinzentas a trabalhar no resto da historia...
Acho bem, pois senão tenho eu de terminar a história por ti! E eu para isso não tenho talento nenhum
Tânia
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